O Marketing em minha vida
"Uma coletânea de pensamentos deve ser uma farmácia onde se encontrem remédios para todos os males". (Voltaire)
"E, por não saber que era impossível, tentou e conseguiu." *
Observando a minha provável perda familiar, em meio aos inúmeros momentos de solidão, entre devaneios, o relembrar da infância, o crescimento, as descobertas, decidi por fazer uma analogia entre as disciplinas do curso de Marketing e meus dias que seguem com dedicação à busca contínua por dias melhores. Nada longo, tampouco sucinto... Refletindo, poderia até concluir: Respiro Marketing.
Desde pequena, sem ao menos saber a importância da comunicação no convívio social, iniciei meus primeiros contatos com a arte de me relacionar com os familiares, e até mesmo com todas as pessoas que ao longo de minha vida passaram, quer seja por mero acaso, quer seja pela necessidade maior de se agregar a esta vida o mínimo/máximo necessário de mensagens infinitas a serem refletidas – mesmo que apresentadas em sala de aula(!) e de ensinamentos.
Na infância, ao me tornar uma potencial influenciadora do consumismo paterno, comecei a provar o doce sabor da conquista (em contrapartida conheci a fidelidade às marcas) enquanto beneficiada pelas coleções de figurinhas e papéis de cartas... O pós-venda, mesmo que ainda muito tímido, correspondia às poucas necessidades da, então, consumidora jr. O relacionamento com os colegas, os desentendimentos e até mesmo as competições infantis, começaram a me deixar um tanto flexível para melhor poder dialogar, além de planejar e evitar encontros de coleguinhas com gênios incompatíveis. Entretanto, ao me recordar do convívio familiar na infância, vêm à minha mente cenas da procura por destaque para melhor garantir a atenção da mamãe. Hilário!
Chega a adolescência, a descoberta de um mundo diferente, a sensação de liberdade, sentimentos que deram início à busca de oportunidades, novos eventos, procura de novas amizades, bons relacionamentos (networking), incessante necessidade de confirmação, de marcar presença, de conseguir meu espaço – o também conhecido lugar ao sol, de descobrir minha core competence, o poder do consumo, de melhorar o marketing pessoal, firmar novas metas responsáveis sem tanta responsabilidade. Comecei a ter um comportamento de consumidora moderada, atenta aos atributos
dos produtos, aos preços e promoções.
Viver em sociedade, acompanhar as tendências da moda, o desenvolvimento tecnológico, utilizar produtos e serviços, prestar atenção – e até parar para assistir aos comerciais mais atrativos (...) Ao longo do meu crescimento, foi bom apreciar os novos lançamentos, ser ouvinte das conversas dos adultos sobre os modelos de carros em evidência, das performances dos jogadores de futebol e demais atletas. Na cozinha, ouvia as longas conversas sobre as novas receitas, inclusive sobre aquelas sendo experimentadas, cujos suspiros, elogios e sugestões dos cozinheiros de plantão eram espontâneos!, além dos espectadores atentos aos programas de culinária, a fim de agradar os clientes internos...
... E, ao crescer, me deparo com a correria diária, a atualização do CRM, sempre procurando manter o EDI, assim como o ECR no convívio – tanto na adolescência como na vida adulta – é um bem necessário, aumenta com as redes sociais e torna-se um ciclo virtuoso... Vida adulta, o despertar para a motivação em prol de uma vida com qualidade... Teorias, textos e explicações. Algo que parecia confuso como se não tivesse vivido para vislumbrar como um mero exemplo, a fim de facilitar o entendimento – como se eu fosse uma empresa. A veracidade de tudo se resume na importância do ser humano. Como resultado, encontrei pessoas fantásticas das quais sou muito grata por tanta atenção e compreensão ao longo do meu penúltimo semestre em Marketing.
A seguir, deixo-lhes uma frase para um breve momento de reflexão:
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis". (Fernando Pessoa)
* (Variação citada pelo prof. Ricardo Abtibol, em sala, à frase: "Por não saber que era impossível, ele foi lá e fez.", de Jean Cocteau, também conhecida como "They did not know it was impossible, so they did it.", de Mark Twain)
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